A vila de Castelo de Vide (Sintra do Alentejo) tem a sua fundação, historicamente comprovada, no século XIII ligada à existência da monarquia portuguesa. Contudo, é muito provável que os Templários estejam relacionados com a sua origem, na medida em que muito se deve a esta ordem a repovoação do Norte Alentejano.
A expansão urbana para fora das muralhas do castelo terá acontecido no séc. XIV, sobretudo na encosta sul, dada a sua maior exposição solar. Todavia, a existências de uma fonte de água na encosta virada a nascente terá determinado a expansão urbana também nesta vertente, com declives mais acidentados e com menor exposição solar. É nesta encosta a nascente que serpenteiam as estreitas calçadas da Judiaria, que se estende desde a Porta da Vila, até à Fone da Vila, num cenário em tudo semelhantes às ruas que formam o restante núcleo medieval de Castelo de Vide.
O património arquitetónico deste concelho é de enorme riqueza, com principal destaque para o burgo medieval, o castelo, as muralhas que envolvem a vila, a Judiaria, a Sinagoga medieval e a Igreja Matriz do século XX.
O Parque Natural da Serra de São Mamede, do qual faz parte integrante Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, foi palco de populações paleolíticas, árabes, romanas e medievais que deixaram bem evidentes as suas “pegadas”. À diversidade vegetal acrescenta-se a presença de distintas comunidades de animais, com realce para as aves de presa. Esta é uma zona ideal para a prática de caminhadas e BTT, cujos trilhos se encontram bem identificados e mapeados.
A gastronomia tem características fundamentais da alimentação Norte Alentejana e é um fator de identidade, antiguidade e diversidade, onde se integram as raízes judaicas (que não sendo de comida Kosher, são receitas que resultaram da adaptação dos hábitos alimentares dos Cristãos Novos, como forma de fugirem à inquisição).